Ter uma casa inteligente hoje não é mais “coisa de cinema” ou de quem tem muito dinheiro. Isso porque as tecnologias existentes estão cada vez mais acessíveis e fáceis de serem implementadas
(*) Por Maria Fernanda Picotti Marques
Nesse cenário, podemos destacar principalmente dois fatores: o conceito do “faça você mesmo”, com a possibilidade de dar upgrade no que já existe em casa, ajudou muito na popularização deste mercado. E outro, sem dúvida, é a chegada dos assistentes de voz ao Brasil, em 2019. Poucos anos depois, a diversidade de opções de gadgets (gíria tecnológica, em inglês, para designar dispositivos eletrônicos portáteis criados para facilitar funções específicas no cotidiano) é gigante e promete atender todos os públicos e bolsos (quesito importante em países como o Brasil, cuja taxa de impostos em produtos eletrônicos é alta).
Dados que corroboram essa observação são, por exemplo, os da gigante sul-coreana Samsung, que divulgou números sobre sua plataforma de dispositivos inteligentes. A projeção era terminar o ano de 2022 com 12 milhões de dispositivos cadastrados, meta essa ultrapassada. Já em 2023, a expectativa é chegar ao final do ano com 20 milhões de dispositivos; um crescimento de quase 100% em apenas um ano, somente de um fabricante.
De acordo com a Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial, os seis pilares mais procurados pelo público que está buscando por casas inteligentes são: “segurança”, “consumo de energia”, “entretenimento”, “eletrodomésticos inteligentes”, “controle e conectividade”, “conforto e iluminação”, sendo este último o mais procurado.
Para quem deseja iniciar nesse caminho rumo à inteligência artificial – que muitos já consideram sem volta – o mais fácil de começar a montar uma casa inteligente é por meio dos adaptadores de tomada, com os quais todos os eletrodomésticos e eletrônicos ficam inteligentes sem precisarem ser trocados por modelos mais atuais. Cada adaptador, de cada cômodo, pode ser controlado individualmente por um aplicativo. Outra forma rápida e prática são as lâmpadas inteligentes. Levantar para apagar a luz, portanto, é coisa do passado. Basta um toque no celular ou um comando de voz e o problema está resolvido. Uma vez conectadas na rede sem fio (wireless) do ambiente, é possível determinar cor, intensidade e até horários programados para ligar e desligar.
Mas as opções não param por aí, já existem disponíveis no mercado TVs com comandos de voz, aparelhos de ar-condicionado e aquecimento, geladeiras, fechaduras, eletrodomésticos em geral e muitos outros itens que prometem mais conforto e comodidade para os usuários com controle centralizado em seu smartphone ou assistente pessoal. Tudo isso com facilidade, comodidade e economia. Para auxiliar nessa “automação simplificada”, o ideal é incluir no ambiente um assistente de voz, como a popular Alexa ou Google Nest. Instalando dispositivos compatíveis com sua assistente de voz, o usuário poderá centralizar o controle de todos eles por meio da assistente.
Então, que tal instalar uma fechadura com biometria na sua porta e nunca mais se preocupar em carregar as chaves de casa? Receber uma encomenda mesmo estando em viagem? Ou deixar a casa fresquinha ou quentinha, ativando o ar-condicionado no caminho de casa pelo celular? Ligar a cafeteira às sete horas da manhã e acordar com uma bebida prontinha também parece uma boa pedida. Fitas de LED, que podem ter mais de 16 milhões de cores, também entram no ritmo da canção tocada no ambiente. Além dessas comodidades, sensores de fumaça, de gás e de movimento em portas e janelas, que garantem segurança aos moradores da casa. Para todos os bolsos e gostos, as tecnologias para casas inteligentes têm se mostrado um mercado promissor para o projeto da casa nova ou para modernizar a atual.
(*) Maria Fernanda Picotti Marques é arquiteta na Yticon, construtora do Grupo A.Yoshii.
Fonte: Aline Benassi/Assessoria de Imprensa/Central Press
Fotos: Divulgação.